Seguidores

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Simbolismo - Cruz e Sousa


Leia o poema abaixo, de autoria de Cruz e Sousa: 
Tortura Eterna 
Impotência cruel, ó vã tortura! 
Ó Força inútil, ansiedade humana! 
Ó círculos dantescos da loucura! 
Ó luta, ó luta secular, insana! 
Que tu não possas, Alma soberana, 
Perpetuamente refulgir na Altura, 
Na Aleluia da Luz, na clara Hosana 
Do Sol, cantar, imortalmente pura. 
Que tu não possas, Sentimento ardente, 
Viver, vibrar nos brilhos do ar fremente, 
Por entre as chamas, os clarões supernos. 
Ó Sons intraduzíveis, Formas, Cores!... 
Ah! que eu não possa eternizar as dores 
Nos bronzes e nos mármores eternos! 
(RICIERI, Francine (Org.). Antologia da poesia simbolista e decadente brasileira. São Paulo: IBEP, 2008. p. 55-56. Grafia atualizada.) 

O poema acima aborda a relação entre sentimento e expressão poética. Transcreva a passagem na qual o poeta evoca o material de que se vale em seu ofício.  


Leia o poema de Cruz e Sousa, para responder às questões seguintes
Dilacerações 
Ó carnes que amei sangrentamente, 
Ó volúpias letais e dolorosas, 
Essências de heliotropos e de rosas 
De essência morna, tropical, dolente... 
Carnes virgens e tépidas do Oriente 
Do Sonho e das Estrelas fabulosas, 
Carnes acerbas e maravilhosas, 
Tentadoras do sol intensamente... 
Passai, dilaceradas pelos zelos, 
Através dos profundos pesadelos 
Que me apunhalam de mortais horrores... 
Passai, passai, desfeitas em tormentos, 
Em lágrimas, em prantos, em lamentos 
Em ais, em luto, em convulsões, em dores... 
O poema transcrito apresenta uma associação bastante comum na poesia  simbolista: amor sensual e morte. 
a) Aponte 3 palavras ou expressões que estariam associadas ao amor.                          
b) Aponte 3 palavras ou expressões que estariam associadas à morte.                              
c) Aponte 3 características simbolistas que podem ser identificadas no poema.    


Nenhum comentário:

Postar um comentário