A cantiga foi composta provavelmente em 1198 e recebeu esse nome por ter sido dedicada a D. Maria Pais Ribeira, concubina de Sancho I de Portugal, apelidada de "Ribeirinha".
Segue, abaixo, o poema que serve como modelo das cantigas de amor do Trovadorismo (possui o eu-lírico masculino), pois fala de um amor platônico do poeta, plebeu, por uma mulher nobre e inacessível.
No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me vai,ca ja moiro por vós - e ai!
mia senhor branca e vermelha,Queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia!Mao dia me levantei,
que vos enton non vi fea!E, mia senhor, des aquel di', ai!
me foi a mi muin mal,
e vós, filha de don PaaiMoniz, e ben vos semelha
d'haver eu por vós guarvaia,pois eu, mia senhor, d'alfaia
Nunca de vós ouve nem eivalía d'ũa correa.
Veja agora essa mesma cantiga em Português atual:
No mundo ninguém se assemelha a mim (parelha: semelhante) Observação: a guarvaia era um manto luxuoso, provavelmente de cor vermelha, usado pela nobreza.
enquanto a vida continuar como vai,
porque morro por vós, e ai
minha senhora de pele alva e faces rosadas,
quereis que vos descreva (retrate)
quando vos eu vi sem manto (saia: roupa íntima)
Maldito dia! me levantei
que não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela)
E, mia senhora, desde aquele dia, ai!
tudo me foi muito mal
e vós, filha de don Pai
Moniz, e bem vos parece
de ter eu por vós guarvaia (guarvaia: roupa luxuosa)
pois eu, minha senhora, como mimo (ou prova de amor)
de vós nunca recebi
algo, mesmo que sem valor. (correa: coisa sem valor)
Vlw ai, me ajudou bastante, continue assim ...
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