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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Os laços de família - Clarice Lispector (3º Ano)

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       Os laços de família – Clarice Lispctor 


  1. Severina passara quinze dias na casa da filha e do genro. Observe os diálogos entre a sogra e o genro.
a)       Como se caracteriza a relação entre eles? Indique um trecho que comprove sua resposta.
b)       Na hora da despedida, Catarina sente vontade de rir. Por quê?

  1. Nos contos de Clarice Lispector, é comum um fato banal do cotidiano desencadear um processo de epifania, isto é, um processo de revelação,de tomada de consciência da personagem.
a)       Que fato desencadeia um processo epifânico no relacionamento entre mãe e filha?
b)       A partir desse momento, o que se revela à Catarina quanto ao relacionamento com a mãe?

  1. Releia este fragmento do conto
(…)
A mãe tirou o espelho da bolsa e examinou-se no se chapéu novo, comprado no mesmo chapeleiro da filha. Olhava-se compondo um ar excessivamente severo onde não faltava alguma admiração por si mesma. A filha observava divertida. Ninguém mais pode te mar senão eu, pensou a mulher rindo pelos olhos; e o peso da responsabilidade deu-lhe à boca um gosto de sangue. Como se “mãe e filha” fosse vida e repugnancia. Não, não se podia dizer que amava sua mãe. Sua mãe lhe doía, era isso.
a)       Na prosa de Clarice, é comum o emprego de metáforas ou de antíteses e paradoxos surpreendentes. Identifique nesse trecho um exemplo de um desses recursos.
b)       Dê a interpetação coerente à frase “Sua mãe lhe doía.”

  1. Há diferentes forma de o narrador inserir os pensamentos das personagens an narrativa. Ele pode faze-lo, por exemplo, de modo linear, delimitando nitidamente a voz do narrador e o pensamento das personagens; pode também empregar o discurso indireto livre, misturando a fala do narrador com a fala das personagens; pode, ainda, inserir pensam pensamentos das personagens simultaneamente ao acontecimento dos fatos. No fragmento reproduzido da questão anterior:
a)       De que modo o narrador introduz o pensamento da personagens?
b)       Que efeito esse recurso provoca no andamento na narrativa?
c)       O que se destaca mais na literatura de Clarice: o enredo ou a introspecção psicologica das personagens? Por quê?

  1. Os diálogos entre mãe e filha são repetitivos e vazio, evidenciando uma oposição entre o que é dito e o que é pensado.
a)       Constatemente Severina diz “Não esqueci nada...”. Considernado o relacionamento das duas, o que elas realmente poderiam estar esquecendo?
b)       Com base ele elementos do texto, responda:O que as duas personagens efetivamente gostariam de ter dito? O que as impede de dizerem uma à outra o que realmente pensame e sentem?

  1. Claricce, em vários de seus contos, retrata a condição da mulher na sociedade, o casamento sem amor  e a vida alienada da mulher ao lado do marido. No conto o precesso epifânico vivido por Catarina faz com que ela chegue em casa diferente, mudada. E a palavra que o filho diz parece dar continuidade ao processo epifânico.
a)       Que efeito tem sobre o marido a iniciativa de Catarina sair do apartamento com o filho?
b)       Considernado “os laços de família” (título do conto) observados entre Catarina e a mãe, troque ideias com os colegas e dê uma interpretação coerente: Por que Catarian toma a iniciativa de sair do apartamento com o filho sem comunicar ao amrido?
c)       Catarina vai voltar, na sua opinião?

  1. Com base no conto “Os laços de família”, responda: Mesmo trabalhando com o universo da consciência individual das personagens, a literatura de Clarice Lispector consegue também ser social? Justifique sua resposta.
  
Os Laços de Família

A mulher e a mãe acomodaram-se finalmente no táxi que as levaria à Estação. A mãe contava e recontava as duas malas tentando convencer-se de que ambas estavam no carro. A filha, com seus olhos escuros, a que um ligeiro estrabismo dava um contínuo brilho de zombaria e frieza assistia.
— Não esqueci de nada? perguntava pela terceira vez a mãe.
— Não, não, não esqueceu de nada, respondia a filha divertida, com paciência.
Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica entre sua mãe e seu marido, na hora da despedida. Durante as duas semanas da visita da velha, os dois mal se haviam suportado; os bons-dias e as boas-tardes soavam a cada momento com uma delicadeza cautelosa que a fazia querer rir. Mas eis que na hora da despedida, antes de entrarem no táxi, a mãe se transformara em sogra exemplar e o marido se tornara o bom genro. "Perdoe alguma palavra mal dita", dissera a velha senhora, e Catarina, com alguma alegria, vira Antônio não saber o que fazer das malas nas mãos, a gaguejar - perturbado em ser o bom genro. "Se eu rio, eles pensam que estou louca", pensara Catarina franzindo as sobrancelhas. "Quem casa um filho perde um filho, quem casa uma filha ganha mais um", acrescentara a mãe, e Antônio aproveitara sua gripe para tossir. Catarina, de pé, observava com malícia o marido, cuja segurança se desvanecera para dar lugar a um homem moreno e miúdo, forçado a ser filho daquela mulherzinha grisalha... Foi então que a vontade de rir tornou-se mais forte. Felizmente nunca precisava rir de fato quando tinha vontade de rir: seus olhos tomavam uma expressão esperta e contida, tornavam-se mais estrábicos - e o riso saía pelos olhos. Sempre doía um pouco ser capaz de rir. Mas nada podia fazer contra: desde pequena rira pelos olhos, desde sempre fora estrábica.
— Continuo a dizer que o menino está magro, disse a mãe resistindo aos solavancos do carro. E apesar de Antônio não estar presente, ela usava o mesmo tom de desafio e acusação que empregava diante dele. Tanto que uma noite Antônio se agitara: não é por culpa minha, Severina! Ele chamava a sogra de Severina, pois antes do casamento projetava serem sogra e genro modernos. Logo à primeira visita da mãe ao casal, a palavra Severina tornara-se difícil na boca do marido, e agora, então, o fato de chamá-la pelo nome não impedira que... - Catarina olhava-os e ria.
— O menino sempre foi magro, mamãe, respondeu-lhe. O táxi avançava monótono.
— Magro e nervoso, acrescentou a senhora com decisão.
— Magro e nervoso, assentiu Catarina paciente. Era um menino nervoso, distraído. Durante a visita da avó tornara-se ainda mais distante, dormira mal, perturbado pelos carinhos excessivos e pelos beliscões de amor da velha. Antônio, que nunca se preocupara especialmente com a sensibilidade do filho, passara a dar indiretas à sogra, "a proteger uma criança” ...
— Não esqueci de nada..., recomeçou a mãe, quando uma freada súbita do carro lançou-as uma contra a outra e fez despencarem as malas. — Ah! ah! - exclamou a mãe como a um desastre irremediável, ah! dizia balançando a cabeça em surpresa, de repente envelhecida e pobre. E Catarina?
Catarina olhava a mãe, e a mãe olhava a filha, e também a Catarina acontecera um desastre? seus olhos piscaram surpreendidos, ela ajeitava depressa as malas, a bolsa, procurando o mais rapidamente possível remediar a catástrofe. Porque de fato sucedera alguma coisa, seria inútil esconder: Catarina fora lançada contra Severina, numa intimidade de corpo há muito esquecida, vinda do tempo em que se tem pai e mãe. Apesar de que nunca se haviam realmente abraçado ou beijado. Do pai, sim. Catarina sempre fora mais amiga. Quando a mãe enchia-lhes os pratos obrigando-os a comer demais, os dois se olhavam piscando em cumplicidade e a mãe nem notava. Mas depois do choque no táxi e depois de se ajeitarem, não tinham o que falar - por que não chegavam logo à Estação?
— Não esqueci de nada, perguntou a mãe com voz resignada.
Catarina não queria mais fitá-la nem responder-lhe.
— Tome suas luvas! disse-lhe, recolhendo-as do chão.
— Ah! ah! minhas luvas! exclamava a mãe perplexa. Só se espiaram realmente quando as malas foram dispostas no trem, depois de trocados os beijos: a cabeça da mãe apareceu na janela.
Catarina viu então que sua mãe estava envelhecida e tinha os olhos brilhantes.
O trem não partia e ambas esperavam sem ter o que dizer. A mãe tirou o espelho da bolsa e examinou-se no seu chapéu novo, comprado no mesmo chapeleiro da filha. Olhava-se compondo um ar excessivamente severo onde não faltava alguma admiração por si mesma. A filha observava divertida. Ninguém mais pode te amar senão eu, pensou a mulher rindo pelos olhos; e o peso da responsabilidade deu-lhe à boca um gosto de sangue. Como se "mãe e filha" fosse vida e repugnância. Não, não se podia dizer que amava sua mãe. Sua mãe lhe doía, era isso. A velha guardara o espelho na bolsa, e fitava-a sorrindo. O rosto usado e ainda bem esperto parecia esforçar-se por dar aos outros alguma impressão, da qual o chapéu faria parte. A campainha da Estação tocou de súbito, houve um movimento geral de ansiedade, várias pessoas correram pensando que o trem já partia: mamãe! disse a mulher. Catarina! disse a velha. Ambas se olhavam espantadas, a mala na cabeça de um carregador interrompeu-lhes a visão e um rapaz correndo segurou de passagem o braço de Catarina, deslocando-lhe a gola do vestido. Quando puderam ver-se de novo, Catarina estava sob a iminência de lhe perguntar se não esquecera de nada...
— ...não esqueci de nada? perguntou a mãe.
— Também a Catarina parecia que haviam esquecido de alguma coisa, e ambas se olhavam atônitas - porque se realmente haviam esquecido, agora era tarde demais. Uma mulher arrastava uma criança, a criança chorava, novamente a campainha da Estação soou... Mamãe, disse a mulher. Que coisa tinham esquecido de dizer uma a outra? e agora era tarde demais. Parecia-lhe que deveriam um dia ter dito assim: sou tua mãe, Catarina. E ela deveria ter respondido: e eu sou tua filha.
— Não vá pegar corrente de ar! gritou Catarina.
— Ora menina, sou lá criança, disse a mãe sem deixar porém de se preocupar com a própria aparência. A mão sardenta, um pouco trêmula, arranjava com delicadeza a aba do chapéu e Catarina teve subitamente vontade de lhe perguntar se fora feliz com seu pai:
— Dê lembranças a titia! gritou.
— Sim, sim!
— Mamãe, disse Catarina porque um longo apito se ouvira e no meio da fumaça as rodas já se moviam.
— Catarina! disse a velha de boca aberta e olhos espantados, e ao primeiro solavanco a filha viu-a levar as mãos ao chapéu: este caíra-lhe até o nariz, deixando aparecer apenas a nova dentadura. O trem já andava e Catarina acenava. O rosto da mãe desapareceu um instante e reapareceu já sem o chapéu, o coque dos cabelos desmanchado caindo em mechas brancas sobre os ombros como as de uma donzela - o rosto estava inclinado sem sorrir, talvez mesmo sem enxergar mais a filha distante.
No meio da fumaça Catarina começou a caminhar de volta, as sobrancelhas franzidas, e nos olhos a malícia dos estrábicos. Sem a companhia da mãe, recuperara o modo firme de caminhar: sozinha era mais fácil. Alguns homens a olhavam, ela era doce, um pouco pesada de corpo. Caminhava serena, moderna nos trajes, os cabelos curtos pintados de acaju. E de tal modo haviam-se disposto as coisas que o amor doloroso lhe pareceu a felicidade - tudo estava tão vivo e tenro ao redor, a rua suja, os velhos bondes, cascas de laranja - a força fluia e refluia no seu coração com pesada riqueza. Estava muito bonita neste momento, tão elegante; integrada na sua época e na cidade onde nascera como se a tivesse escolhido. Nos olhos vesgos qualquer pessoa adivinharia o gosto que essa mulher tinha pelas coisas do mundo. Espiava as pessoas com insistência, procurando fixar naquelas figuras mutáveis seu prazer ainda úmido de lágrimas pela mãe. Desviou-se dos carros, conseguiu aproximar-se do ônibus burlando a fila, espiando com ironia; nada impediria que essa pequena mulher que andava rolando os quadris subisse mais um degrau misterioso nos seus dias.
O elevador zumbia no calor da praia. Abriu a porta do apartamento enquanto se libertava do chapeuzinho com a outra mão; parecia disposta a usufruir da largueza do mundo inteiro, caminho aberto pela sua mãe que lhe ardia no peito. Antônio mal levantou os olhos do livro. A tarde de sábado sempre fora "sua", e, logo depois da partida de Severina, ele a retomava com prazer, junto à escrivaninha.
— "Ela" foi?
— Foi sim, respondeu Catarina empurrando a porta do quarto de seu filho. Ah, sim, lá estava o menino, pensou com alívio súbito. Seu filho. Magro e nervoso. Desde que se pusera de pé caminhara firme; mas quase aos quatro anos falava como se desconhecesse verbos: constatava as coisas com frieza, não as ligando entre si. Lá estava ele mexendo na toalha molhada, exato e distante. A mulher sentia um calor bom e gostaria de prender o menino para sempre a este momento; puxou-lhe a toalha das mãos em censura: este menino! Mas o menino olhava indiferente para o ar, comunicando-se consigo mesmo. Estava sempre distraído. Ninguém conseguira ainda chamar-lhe verdadeiramente a atenção. A mãe sacudia a toalha no ar e impedia com sua forma a visão do quarto: mamãe, disse o menino. Catarina voltou-se rápida. Era a primeira vez que ele dizia "mamãe" nesse tom e sem pedir nada. Fora mais que uma constatação: mamãe! A mulher continuou a sacudir a toalha com violência e perguntou-se a quem poderia contar o que sucedera, mas não encontrou ninguém que entendesse o que ela não pudesse explicar. Desamarrotou a toalha com vigor antes de pendurá-la para secar. Talvez pudesse contar, se mudasse a forma. Contaria que o filho dissera: mamãe, quem é Deus. Não, talvez: mamãe, menino quer Deus. Talvez. Só em símbolos a verdade caberia, só em símbolos é que a receberiam. Com os olhos sorrindo de sua mentira necessária, e sobretudo da própria tolice, fugindo de Severina, a mulher inesperadamente riu de fato para o menino, não só com os olhos: o corpo todo riu quebrado, quebrado um invólucro, e uma aspereza aparecendo como uma rouquidão. Feia, disse então o menino examinando-a.
— Vamos passear! respondeu corando e pegando-o pela mão.
Passou pela sala, sem parar avisou ao marido: vamos sair! e bateu a porta do apartamento.
Antônio mal teve tempo de levantar os olhos do livro - e com surpresa espiava a sala já vazia. Catarina! chamou, mas já se ouvia o ruído do elevador descendo. Aonde foram? perguntou-se inquieto, tossindo e assoando o nariz. Porque sábado era seu, mas ele queria que sua mulher e seu filho estivessem em casa enquanto ele tomava o seu sábado. Catarina! chamou aborrecido embora soubesse que ela não poderia mais ouvi-lo. Levantou-se, foi à janela e um segundo depois enxergou sua mulher e seu filho na calçada.
Os dois haviam parado, a mulher talvez decidindo o caminho a tomar. E de súbito pondo-se em marcha.
Por que andava ela tão forte, segurando a mão da criança? pela janela via sua mulher prendendo com força a mão da criança e caminhando depressa, com os olhos fixos adiante; e, mesmo sem ver, o homem adivinhava sua boca endurecida. A criança, não se sabia por que obscura compreensão, também olhava fixo para a frente, surpreendida e ingênua. Vistas de cima as duas figuras perdiam a perspectiva familiar, pareciam achatadas ao solo e mais escuras à luz do mar. Os cabelos da criança voavam...
O marido repetiu-se a pergunta que, mesmo sob a sua inocência de frase cotidiana, inquietou-o: aonde vão? Via preocupado que sua mulher guiava a criança e temia que neste momento em que ambos estavam fora de seu alcance ela transmitisse a seu filho... mas o quê? "Catarina", pensou, "Catarina, esta criança ainda é inocente!" Em que momento é que a mãe, apertando uma criança, dava-lhe esta prisão de amor que se abateria para sempre sobre o futuro homem. Mais tarde seu filho, já homem, sozinho, estaria de pé diante desta mesma janela, batendo dedos nesta vidraça; preso. Obrigado a responder a um morto. Quem saberia jamais em que momento a mãe transferia ao filho a herança. E com que sombrio prazer. Agora mãe e filho compreendendo-se dentro do mistério partilhado. Depois ninguém saberia de que negras raízes se alimenta a liberdade de um homem. "Catarina", pensou com cólera, "a criança é inocente!" Tinham porém desaparecido pela praia. O mistério partilhado.
"Mas e eu? e eu?" perguntou assustado. Os dois tinham ido embora sozinhos. E ele ficara. "Com o seu sábado." E sua gripe. No apartamento arrumado, onde "tudo corria bem". Quem sabe se sua mulher estava fugindo com o filho da sala de luz bem regulada, dos móveis bem escolhidos, das cortinas e dos quadros? fora isso o que ele lhe dera. Apartamento de um engenheiro. E sabia que se a mulher aproveitava da situação de um marido moço e cheio de futuro - deprezava-a também, com aqueles olhos sonsos, fugindo com seu filho nervoso e magro. O homem inquietou-se. Porque não poderia continuar a lhe dar senão: mais sucesso. E porque sabia que ela o ajudaria a consegui-lo e odiaria o que conseguissem. Assim era aquela calma mulher de trinta e dois anos que nunca falava propriamente, como se tivesse vivido sempre. As relações entre ambos eram tão tranqüilas. Às vezes ele procurava humilhá-la, entrava no quarto enquanto ela mudava de roupa porque sabia que ela detestava ser vista nua. Por que precisava humilhá-la? no entanto ele bem sabia que ela só seria de um homem enquanto fosse orgulhosa. Mas tinha se habituado a torna-la feminina deste modo: humilhava-a com ternura, e já agora ela sorria - sem rancor? Talvez de tudo isso tivessem nascido suas relações pacíficas, e aquelas conversas em voz tranqüila que faziam a atmosfera do lar para a criança. Ou esta se irritava às vezes? Às vezes o menino se irritava, batia os pés, gritava sob pesadelos. De onde nascera esta criaturinha vibrante, senão do que sua mulher e ele haviam cortado da vida diária. Viviam tão tranqüilos que, se se aproximava um momento de alegria, eles se olhavam rapidamente, quase irônicos, e os olhos de ambos diziam: não vamos gastá-lo, não vamos ridiculamente usá-lo. Como se tivessem vívido desde sempre.
Mas ele a olhara da janela, vira-a andar depressa de mãos dadas com o filho, e dissera-se: ela está tomando o momento de alegria - sozinha. Sentira-se frustrado porque há muito não poderia viver senão com ela. E ela conseguia tomar seus momentos - sozinha. Por exemplo, que fizera sua mulher entre o trem e o apartamento? não que a suspeitasse mas inquietava-se.
A última luz da tarde estava pesada e abatia-se com gravidade sobre os objetos. As areias estalavam secas. O dia inteiro estivera sob essa ameaça de irradiação. Que nesse momento, sem rebentar, embora, se ensurdecia cada vez mais e zumbia no elevador ininterrupto do edifício. Quando Catarina voltasse eles jantariam afastando as mariposas. O menino gritaria no primeiro sono, Catarina interromperia um momento o jantar... e o elevador não pararia por um instante sequer?! Não, o elevador não pararia um instante.
— "Depois do jantar iremos ao cinema", resolveu o homem. Porque depois do cinema seria enfim noite, e este dia se quebraria com as ondas nos rochedos do Arpoador.
Texto extraído do livro "Laços de Família", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1998, pág. 94.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Texto para interpretação – Música





TOCANDO EM FRENTE
(Almir Sater / Renato Teixeira)
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz,
Quem sabe eu só levo a certeza
De que muito pouco eu sei
Ou nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor para poder pulsar
É preciso paz para poder sorrir
É preciso chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu sou
Estrada eu vou
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora um dia
A gente chega e no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
E cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

Após ler atentamente o texto, responda às questões:
1. Assinale mais de uma alternativa que esteja de acordo com o texto:
a. (   ) Para o poeta, a vida deve ser levada, tocada como uma boiada, pois não conseguimos entender a imprevisibilidade de ambas.
b. (   ) Só é possível ser feliz nesta jornada, depois de um toque de Deus, o velho boiadeiro, que nos impulsiona pela longa estrada da vida.
c. (   ) Só através do choro individual e de outros é que descobrimos o valor de um sorriso.
d. (   ) Manhãs, maçãs e chuva fazem parte da nossa história, já que não somos donos do nosso destino.
e. (   ) Segundo o poeta, para se viver, é necessário entender o andamento da jornada e continuar vivendo.
2. Marque as afirmativas com V para verdadeiro e F para falso, de acordo com o texto:
a. (   ) Viver é uma aprendizagem, fruto da observação atenta das alegrias e dos sofrimentos pelos quais passamos.
b. (   ) Ser feliz é o destino de todos os seres humanos, independendo das chegadas e das partidas.
c. (   ) A consciência do significado da vida e o dom da capacidade de construirmos a nossa história nos deixa mais fortes, mais felizes.
d. (   ) O poeta tem hoje um sorriso de serenidade porque nunca levou a vida com ligeireza.
e. (   ) Para podermos saborear a vida, precisamos vivenciar a paz e o amor, entre outros fatores que nos mostram que é possível compormos a nossa história com serenidade.
Assinale a única alternativa correta:
3. Há várias comparações no texto que nos leva a concluir que o poeta fala:
a. (   ) da boiada
b. (   ) do boiadeiro
c. (   ) do sabor das frutas
d. (   ) dos dias vividos
e. (   ) do dom da felicidade de cada um de nós
4. Nos versos 5 e 6, o poeta demonstra que se considera um homem:
a. (   ) orgulhoso
b. (   ) sem cultura
c. (   ) experiente
d. (   ) humilde
e. (   ) sem rumo definido.
Responda com suas palavras:
5. Como era a vida do poeta no passado? Comprove sua resposta com versos da poesia.




DE REPENTE
Skank
Olhei, não via ela há muito tempo

Ah! quanto tempo faz? Nem me lembro mais
Então, pensei na vida que há algum tempo eu deixei pra trás
Não me deixa em paz, se não
Por quê?
Ainda aquele tempo dentro
Entra e sai
Volta, vem e vai, sem acabar
Mas tempo passou
O tempo passou!
E agora eu sei
O que eu passei cantei
Contei, estrelas mil no firmamento
Vão brilhar, depois apagar irão
Chorei as lágrimas correndo como nos cristais
Fogo dos vitrais pagãos
Não é solidão
Amar e desejar a vida que não deu as mãos
Mas vai dentro da gente
Como explosão no ar, como um furacão no mar
De repente você voltou assim
Eu preciso mais, eu preciso?
Eu preciso mais, eu preciso? 




01) Retire, da primeira estrofe, um desvio gramatical, desfazendo-o e explicando:


02) Transcreva da canção um exemplo de antítese:

03) Existe algum exemplo de hipérbole na letra de música? Se sim, copie e explique seu raciocínio:

04) O poeta  usou  um  recurso  muito usado para dar melodia à poesia:  repetição de consoantes...  Onde podemos encontrar este recurso  (figura de linguagem)?  E que nome é dado a ele(a)?


05) Qual a relação entre o título e o corpo do texto?  Que outro título você daria a este texto?

06) “Amar e desejar a vida que não deu as mãos”. Em sua opinião, quando a vida não está nas mãos? Explique:

07) Destaque da canção todas as comparações, dizendo  de qual você mais gostou e por quê:

08) Indique quantos fonemas e quantas letras há em: TEMPO, PASSOU, CHOREI e BRILHAR:

09) Como o eu lírico se sente na música?

10) Por que no final do texto o eu lírico se questiona  se precisa de mais?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Pronomes para recordar! 2º Ano


Informe a que pessoas do discurso pertencem os pronomes pessoais
destacados.
a. Apesar da busca, eu não o encontrei.
b. Eles aguardavam-nos com ansiedade.
c. A saudade lhe trazia insegurança e tristeza.
d. Senhor, nós vos agradecemos por mais este dia.
e. Pediram-me o impossível.
f. Nada mais existe entre mim e ele.

Classifique os pronomes pessoais destacados em retos e oblíquos.
a. Quando eu era pequenina, contavam-me lindas histórias...
b. Não trouxe nada para mim, nem quis falar comigo.
c. Vi-os há pouco no bar, mas não lhes disse nada.
d. Tu és tudo o que quero, não te desesperes, pois.

Copie as frases, eliminando os pronomes pessoais que forem
desnecessários.
a. Quando nós dizemos que as pessoas devem ter igualdade de
direitos, nós queremos explicar que todos precisam ter
oportunidades iguais.
b. Quando ela pegou o dinheiro, ela correu e escondeu na caixinha
de surpresa; ali era o lugar onde ela guardava todas as
quinquilharias que ela encontrava.

Complete as frases com os pronomes pessoais adequados, na pessoa
indicada nos parênteses.
a. Encontrei-(/) na porta do cinema e eles disseram-(/) que o filme
era muito bom. (3a pessoa do plural; 1a pessoa do singular)
b. Fui ao encontro dos dois e disse-(/) que deveriam voltar
imediatamente para casa. (3a pessoa do plural)
c. Contei-(/) a história da maneira como (/) foi contada. (3a pessoa
do plural; 1a pessoa do singular)
d. Com o susto ela desmaiou, mas logo voltou a (/). (3a pessoa do
singular)
e. Trouxeram muitos livros para (/) ler. (1a pessoa do singular)

Classifique o — a — os — as como artigos ou pronomes pessoais
oblíquos.
a. As meninas? Eu as vi no portão.
b. Os direitos não são iguais se as oportunidades são diferentes.
c. Encontrei-a triste porque o cachorrinho estava doente.
d. Acabou o tempo em que a mulher era educada para sonhar e o
homem para trabalhar.
e. Perdi a hora. E o meu relógio não estava ali. Procurei-o por todos
os cantos da casa, mas não o encontrei.


Qual o pronome de tratamento usado para se dirigir:
a. a um rei?
b. ao Papa?
c. ao diretor da escola por meio de requerimento?
d. a um senador?
e. a um amigo?
f. a uma pessoa com a qual não se tenha intimidade?

 Desenvolva as abreviaturas que seguem.
a. V. M. d. v.
b. V. S.as e. VV. AA.
c. V. S. f. V. Ex.as

Identifique os pronomes possessivos.
a. Teus livros são bem cuidados.
b. Nossas intenções eram as melhores, mas fomos reprovados.
c. Na festa, só nossos irmãos, fantasiados, conseguiram aparecer.
d. Tuas esperanças são grandes.
e. “Sabe, nunca saio, porque meu pai e minha mãe precisam trabalhar
muito e não têm tempo de me levar a parte alguma.” (Antônio Hohlfeldt)
f. “Seus olhos verdes ali estavam, firmes, fincados no centro do
rosto e do espelho.” (Edson Gabriel Garcia)
g. “Quando a gente saiu, meu estômago doía feito doido. Acho que
era do sorvete.” (Álvaro Cardoso Gomes)

Identifique os pronomes demonstrativos.
a. Admirava aquele homem que passava, todos os dias, curvo de
cansaço.
b. Aquela era uma música saída do baú da vovó.
c. Isto é tudo o que possuo.
d. Ana tinha essa mania de remexer as gavetas.

Um pouco de Gramática! 3º Ano




Forme frases organizando os seguintes conjuntos de palavras:
a. alunos os saíram todos cedo
b. escola na lançaram novo um jornal
c. criação homem do linguagem a é

Construa uma frase contendo as duas palavras de cada item.
a. tesoura / desenho
b. povo / eleição
c. prefeito / avenida
d. homem / guerra

 Frase declarativa afirmativa: Sorriram para mim. Transforme a mesma
frase em:
— frase declarativa negativa; — frase exclamativa;
— frase interrogativa; — frase imperativa.

Classifique as frases abaixo de acordo com a entonação.
a. Quem está aí?
b. Que tamanho de lua!
c. Por favor, quietos!
d. Não foi esta a palavra dita.
e. Fique tranquilo.
f. Já para cama, menino!

Elabore frases com uma palavra.


Elabore frases com duas palavras.

Destaque as frases nominais.
a. Encantadora a menina.
b. O sol surgiu radiante.
c. Ninguém viu o acidente.
d. Que noites difíceis!
e. Maravilhoso o lugar.

Transforme as frases nominais em frases verbais, acrescentando-lhes
verbos.
Modelo: Belo som. / Ouvi um belo som.
a. Barulho infernal.
b. Fantástico gol.
c. Fogo.
d. Calor intenso.

O parágrafo abaixo tem sete frases. Classifique-as em nominal (FN)
ou verbal (FV).
Fim de férias. Um mar de jovens no pátio. Que bom rever os
amigos! Rodinhas em todos os cantos. O tempo curto, as conversas
longas. Muita coisa para contar. Milhões de casos para ouvir.


Transforme as frases verbais em frases nominais.
a. O dia está quente. O movimento é intenso. Homens, mulheres e
crianças andam pelas calçadas. Os carros, nas ruas, buzinam.
b. A população comemorava na praça: grande era a festa, o amarelo
da camisa da seleção era o mesmo amarelo das bandeiras que se
agitavam.
c. A chuva caía pesada, o céu estava escuro mas era riscado por
bonitos e assustadores relâmpagos.

 Identifique os verbos e classifique cada período em simples ou
composto.
a. As crianças descobrem mundos fascinantes na leitura.
b. O sindicalista fez um bonito discurso no Dia do Trabalho.
c. “Conceição, porém, nunca vira o afilhado.” (Rachel de Queirós)
d. “O prato ficou sublime.” (Mário de Andrade)
e. “Parece desligado, e observa tudo.” (Carlos Drummond de Andrade)
f. “Dormia-se a sono solto por todas aquelas casas.” (Trindade Coelho)
g. “Ninguém se lembrava que tivesse dado folhas nem flor, a árvore
enorme que havia séculos servia de forca...” (Raul Brandão)
h. “Fui eu que vi o Cruzeiro erguer-se do mar e mais tarde chegar
até o horizonte de minha varanda.” (Rubem Braga)






Brincadeira - Luiz Fernando Veríssimo


BRINCADEIRA
Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e disse:
- Eu sei de tudo.
Depois de um silêncio, o outro disse:
- Como é que você soube?
- Não interessa. Sei de tudo.
- Me faz um favor. Não espalha.
- Vou pensar.
- Por amor de Deus.
- Está bem. Mas olhe lá, hein?
Descobriu que tinha poder sobre as pessoas.
- Sei de tudo.
- Co-como?
- Sei de tudo.
- Tudo o quê?
- Você sabe.
- Mas é impossível. Como é que  você descobriu?
A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida:
- Alguém mais sabe?
- Outras se tornavam agressivas:
- Está bem, você sabe. E daí?
- Daí nada. Só queria que você soubesse que eu sei.
- Se você contar para alguém, eu...
- Depende de você.
- De mim, como?
- Se você andar na linha, eu não conto.
- Certo
Uma vez, parecia ter encontrado um inocente.
- Eu sei de tudo.
- Tudo o quê?
- Você sabe.
- Não sei. O que é que você sabe?
- Não se faça de inocente.
- Mas eu realmente não sei.
- Vem com essa.
- Você não sabe de nada.
- Ah, quer dizer que existe alguma coisa pra saber, mas eu é que não sei o que é?
- Não existe nada.
- Olha que eu vou espalhar...
- Pode espalhar que é mentira.
- Como é que você sabe o que eu vou espalhar?
- Qualquer coisa que você espalhar será mentira.
- Está bem. Vou espalhar.
Mas dali a pouco veio um telefonema.      
- Escute. Estive pensando melhor. Não espalha nada sobre aquilo.
- Aquilo o quê?
- Você sabe.
Passou a ser temido e respeitado. Volta e meia alguém se aproximava dele e sussurrava:
- Você contou pra alguém?
- Ainda não.
- Puxa. Obrigado.
Com o tempo, ganhou uma reputação. Era de confiança. Um dia, foi procurado por um amigo com uma oferta de emprego. O salário era enorme.
- Por que eu? – quis saber.
- A posição é de muita responsabilidade – disse o amigo. – Recomendei você.
- Por quê?
- Pela sua discrição.
Subiu na vida. Dele se dizia que sabia tudo sobre todos mas nunca abria a boca para falar de ninguém. Além de bem-informado, um gentleman. Até que recebeu um telefonema. Uma voz misteriosa que disse:
- Sei de tudo.
- Co-como?
- Sei de tudo.
- Tudo o quê?
- Você sabe.
Resolveu desaparecer. Mudou-se de cidade. Os amigos estranharam o seu desaparecimento repentino. Investigaram. O que ele estaria tramando? Finalmente foi descoberto numa praia distante. Os vizinhos contam que uma noite vieram muitos carros e cercaram a casa. Várias pessoas entraram na casa. Ouviram-se gritos. Os visinhos contam que a voz que se ouvia era a dele, gritando:
- Era brincadeira! Era brincadeira!
Foi descoberto de manhã, assassinado. O crime nunca foi desvendado. Mas as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais.
Luís Fernando Veríssimo. Comédias da Vida Privada. Porto Alegre: L&PM, 1995, p.189-91)

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
1) Todo texto narrativo apresenta uma personagem principal, à qual se dá o nome
de protagonista. Quando já uma personagem que se opõe às ações e aos 
interesses do protagonista, ela é chamada de antagonista. No início do texto,
vemos que o protagonista “Descobriu que tinha poder sobre as pessoas”.
a) O que as pessoas temiam?

b) Qual dos itens seguintes traduz o tipo de poder que supostamente o protagonista tem?
(    ) poder econômico       (    ) poder político       (     ) poder da informação

c) Quais das frases abaixo confirmam sua resposta anterior?
(    ) “Sei de tudo”             (    ) “Daí nada. Só queria que você soubesse que eu sei.”
(    ) “Se você andar na linha, eu não conto.”

2)      Procure no dicionário o significado da palavra impostor.
Impostor é
a)      De acordo com a definição acima, você diria que o texto narra a história de um
impostor? Por quê?


3) Há, a seguir, três falas de pessoas a quem a personagem central disse “saber
de tudo”.
“ – Me faz um favor. Não espalha”.
“ – Alguém mais sabe?”
“ – Escute. Estive pensando melhor. Não espalhe nada sobre aquilo.”
Compare essas frases e conclua: mais do que a própria verdade, o que de fato preocupa as pessoas?

4) Graças ao “silêncio”, o protagonista ocupa cargos de confiança e “sobe na
vida”. Até que um dia as coisas mudam.
a) Qual dos ditos populares a seguir traduz a nova situação vivida pelo protagonista.
(    ) Antes tarde do que nunca.         
(    ) O feitiço virou contra o feiticeiro.   
(    ) Os últimos serão os primeiros.

b)  No caso das vítimas, desconhecemos o segredo que elas guardavam. Contudo, no caso
da protagonista, sabemos qual é o seu segredo. O que supostamente é o “tudo”
mencionado pela “voz misteriosa”?  

c) O protagonista tem poder sobre as demais pessoas porque supostamente tem 
informações sigilosas sobre elas. Contudo, a partir do momento em que ele se torna vítima
de sua própria “brincadeira”, quem passa a dominar quem?   

5) Quais dos itens seguintes, sintetizam as idéias principais do texto? São dois.
a) Ter informações exclusivas equivale a ter poder sobre as pessoas.
b) Melhor do que guardar segredos é não ter informações.
c) As pessoas geralmente guardam algum tipo de segredo que as compromet socialmente.
d) A sociedade se organiza a partir de um jogo de aparências, de falsos papéis sociais;
nesse jogo, a aparência vale mais do que a verdade.

ATIVIDADES GRAMATICAIS
1)  Homônimos são palavras que possuem  a mesma pronúncia (às vezes, a mesma grafia), mas significações diferentes. Parônimos são palavras parecidas na grafia ou na pronúncia, mas com significações diferentes. Com base nestas explicações, e com a ajuda do dicionário, complete corretamente a cruzadinha a seguir.
a)  O protagonista do texto era ____________________ em enganar as pessoas. (experto – esperto)
b)  Os amigos enganados ____________________ o colega de trabalho. (absolveram – absorveram).
c)  Antes mesmo do ____________________ ele dizia: “eu sei de tudo” (comprimento – cumprimento)
d)  Depois de desmascarado, apanhou tanto que teve o _____________ fraturado (externo – esterno)
e)  Não era _________________ no que fazia, tinha experiência. (incipiente – insipiente)
f)   Pela sua __________________ será promovido na empresa. (descrição – discrição)
g)  “gentleman”: palavra do inglês que significa “homem fino”,  _____________ (cavaleiro – cavalheiro)
h)  Fazia uma ________________ fiel dos segredos que as pessoas guardavam. (discrição – descrição)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Atividade de Interpretação de Charge

Oi,turma
Vamos interpretar, agora, um texto muito interessante: a charge.
Divirta-se!!!




1) Para entender essa imagem também precisamos de utilizar algum conhecimento de mundo.
a) Quem é o personagem desse cartum? Como você conseguiu identificá-lo?
b) A simples identificação do personagem é suficiente para você estabelecer o sentido?
c) Que atividade de fala está acontecendo? Uma entrevista, um bate-papo informal?
d) Como você sabe?
e) Por que o autor repetiu a mesma figura exercendo papéis diferentes, simultaneamente?
f) Explique o título da charge: Jôs.
2) Segundo a sua opinião, essa imagem é humorada?
3) A crítica feita pelo autor está ligada a um fato específico de um dado momento? Ou tem um caráter mais duradouro, desconhecendo os limites de tempo? Tem conotação política?


4) Agora responda:
a) Quem é o personagem dessa charge?
b) Que região do país está sendo retratada?
c) Por que podemos afirmar isso?
d) A que fases da vida do personagem as palavras “ontem” e “hoje” estão relacionadas?
e) Analisando o quadro “ontem”, podemos identificar que o personagem teve um passado cheio de privações? Quais são os sinais (ÍNDICES) que nos permitem chegar a essa conclusão?
f) Analisando o quadro “hoje”, percebemos que, embora envelhecido, trata-se do mesmo personagem?
g) Onde ele mora agora?
h) Como podemos chegar a essa conclusão
i) Como ele é retratado agora? (Resp.: Como uma pessoa que tem recursos.)
j) Que índices nos levam a entender que a situação de vida dele mudou?

Envie para o email: sandra.helenalmeida@gmail.com
Boa Atividade!