O
generoso e divertido companheiro de crônicas
Conheci
Marcos Rey há mais de vinte anos, quando sonhava tornar-me escritor.
Certa vez confessei esse desejo à atriz Célia Helena, que deixou
sua marca no teatro paulista. Tempos depois, ela me convidou para
tentar adaptar um livro para teatro. Era O RAPTO DO GAROTO DE OURO,
de Marcos. Passei noites me torturando sobre as teclas. Célia marcou
um encontro entre mim e ele, pois a montagem dependia da aprovação
do autor. Quando adolescente, eu ficara fascinado com MEMÓRIAS DE UM
GIGOLÔ, seu livro mais conhecido. Nunca tinha visto um escritor de
perto. Imaginava uma figura pomposa, em cima de um pedestal. Meu
coração quase saiu pela boca quando apertei a campainha. Fui
recebido por Palma, sua mulher. Um homem gordinho e simpático entrou
na sala. Na época, já sofria de uma doença que lhe dificultava o
movimento das mãos e dos pés. Cumprimentou-me. Sorriu. Estava tão
nervoso que nem consegui dizer "boa-tarde". Gaguejei. Mas
ele me tratou com o respeito que se dedica a um colega. Propôs
mudanças no texto. Orientou-me. Principalmente, acreditou em mim. A
peça permaneceu em cartaz dois anos. Muito do que sou hoje devo ao
carinho com que me recebeu naquele dia.
(WALCYR
CARRASCO, PÁG. 98 - VEJA SP, 14 DE ABRIL, 1999.)
Justifique
o uso do sinal de crase em à, no trecho destacado.
Antes
de começar a aula - matéria e exercícios no quadro, como muita
gente entende -, o mestre sempre declamava um poema e fazia vibrar
sua alma de tanta empolgação e os alunos ficavam admirados. Com a
sutileza de um sábio foi nos ensinando a linguagem poética mesclada
ao ritmo, à melodia e a própria sensibilidade artística. Um
verdadeiro deleite para o espírito, uma sensação de paz, harmonia.
(Osório, T. Meu querido professor. "Jornal Vale Paraibano",
15/10/1999.)
a)
Qual a interpretação que pode ser dada à ausência da crase no
trecho "a própria sensibilidade artística"?
b)
Qual seria a interpretação caso houvesse a crase?
Entre
as formas A, AS, À, ÀS, HÁ, HÃO, FAZ, FAZEM, escolha as que
completam corretamente a frase abaixo.
________
seis meses fomos ________ Bahia. Chegamos ________ cidade de Salvador
sábado, ________ dezesseis horas. Domingo, dirigimo-nos ________
Itabuna, que fica ________ 454 quilômetros da capital. Nestas
férias, pretendemos ir ________ Curitiba, ________ Florianópolis e
________ capital do Rio Grande do Sul.
Dirija-se a direita e seja bem vindo!
À Direção
Leia atentamente o poema em evidência, e a seguir atente-se paras as questões referentes ao mesmo:
Quando saio às ruas
Sinto o que é solidão
Se paro à sombra de uma velha árvore
Fico a pensar se ainda me resta alguma ilusão.
Marina Ferreira
Se paro à sombra de uma velha árvore
Fico a pensar se ainda me resta alguma ilusão.
Marina Ferreira
Em algumas expressões há o acento indicador da crase, em outras não. De acordo com os seus conhecimentos no que se refere a este fato linguístico, justifique as ocorrências.
Ao adentrar em uma empresa, Paulo deparou-se com um cartaz, no qual havia os seguintes dizeres:
Proibido à entrada de funcionários por este localDirija-se a direita e seja bem vindo!
À Direção
Tomando como ponto de partida os pressupostos teóricos relacionados à gramática, analise-os no intuito de detectar possíveis “desvios” quanto ao discurso apresentado. No caso de alguma ocorrência positiva, procure justificá-la.