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terça-feira, 26 de abril de 2011

REVISÃO GRAMÁTICA - 1°J (26/04)

Olá, pessoal! não pude comparecer hoje, mas haverá aula normal, através da atividade do blog. Vocês deverão ler o texto abaixo e responder as questões no caderno. SOMENTE RESPOSTAS. Essa atividade entrará na lista das que eu cobrarei, valendo ponto. DEIXEM NO CADERNO, passarei o visto depois. a líder e a vice se encarregarão de anotar os alunos que não fizeram a atividade.
Divisão
Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta)


Você poderá ficar com a poltrona, se quiser. Mande forrar de novo, ajeitar as molas. É claro que sentirei falta. Não dela, mas das tardes em que aqui fiquei sentado, olhando as arvores. Estas sim, eu levaria de bom grado : as árvores, a vista do morro, até a algazarra das crianças lá embaixo, na praça. 0 resto dos móveis — são tão poucos! — podemos dividir de acordo com nossas futuras necessidades.

A vitrola está tão velha que o melhor é deixá-la ai mesmo, entregue aos cuidados ou ao desespero do futuro inquilino. Tanto você quanto eu haveremos de ter, mais cedo ou mais tarde, as nossas respectivas vitrolas, mais modernas, dotadas de todos os requisitos técnicos e mais aquilo que faltou ao nosso amor: alta-fidelidade.

Quanto aos discos, obedecerão às nossas preferências. Você fica com as valsas, as canções francesas, um ou outro "chopinzinho", o Mozart e Bing Crosby. Deixe para mim o canto pungente do negro Armstrong, os sambas antigos e estes chorinhos. Aqueles que compartilhavam do nosso gosto comum serão quebrados e jogados no lixo. É justo e honesto.

Os livros são todos seus, salvo um ou outro com dedicatória. Não, não estou querendo ser magnânimo. Pelo contrário: Ainda desta vez penso em mim. Será um prazer voltar a juntá-los, um por um, em tardes de folga, visitando livrarias. Aos poucos irei refazendo toda esta biblioteca, então com um caráter mais pessoal. Fique com os livros todos, portanto. E consequentemente com a estante também.

Os quadros também são seus, e mais esses vasinhos de plantas. Levarei comigo o cinzeirinho verde. Ele já era meu muito antes de nos conhecermos. Também os dois chinesinhos de marfim e esta espátula. Veja só o que está escrito nela: 12-1-48. Fique com toda essa quinquilharia acidentalmente juntada. Sempre detestei bibelôs e, mais do que eles, a chamada arte popular, principalmente quando ela se resume nesses bonequinhos de barro. Com exceção,o de pote de melado e moringa de água, nada que foi feito com barro presta. Nem o homem.

Rasgaremos todas as fotografias, todas as cartas, todas as lembranças passíveis de serem destruídas. Programas de teatros, álbuns de viagens, souvenirs. Que não reste nada daquilo que nos é absolutamente pessoal e que não possa ser entre nós dividido.

Fique com a poltrona, seus discos, todos os livros, os quadros, esta jarra. Eu ficarei com estes objetos, um ou outro móvel. Tudo está razoavelmente dividido. Leve a sua tristeza, eu guardarei a minha.

Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta) — A casa demolida — Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1968, pág. 201.



EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. A quem, provavelmente, o autor está falando?

2. Por qual motivo eles estão dividindo os bens?

3. No 1° parágrafo, o autor sentirá falta de que situação?

4. Faça duas colunas no caderno, separando as coisas que ficarão com ELE e as que ficarão com ELA.

5. Qual o motivo da separação dos dois?

6. Por qual motivo ele afirma que na espátula estava escrito 12/1/48?

7. O fato de não levar os livros com ele causa o faz sentir certo prazer. Por qual motivo?

8. Quais dos bens serão destruídos? Por qual motivo?

9. por que a palavras souvenir está escrita de uma letra diferente da do texto?

10. Ao final do texto, qual o sentimento do autor? Justifique.

11. No texto, a palavra INQUILINO possui quantas letras e fonemas?

12. Retire do texto 3 palavras com dígrafos, circulando-os e classificando-s em dígrafos vocálicos ou consonantais.

13. É possível falar que na palavra POLTRONA há um ditongo? Por que? em caso afirmativo, classifique-o.

14. Na palavra TAMBÉM, retire o dígrafo e o ditongo, classificand0-os.

15. Retire do texto 3 palavras com encontro consonantal, circulando-os.

16. separe as sílabas da palavras RESPECTIVAS.

17. Nas palavras abaixo, conte letras e fonemas e (QUANDO POSSÍVEL) encontros vocálicos, consonantais, dígrafos (classificando-os quando tiver).

a) MÓVEIS

b) VITROLA

c) REQUISITOS

d) BONEQUINHOS

e) EXCEÇÃO

Boa atividade! Ah! Não esqueçam da avaliação de amanhã! ESTUDEM!!!

(NÃO precisam trazer o livro)









terça-feira, 12 de abril de 2011

Cantigas de Amor


Nas cantigas de amor o homem se refere à sua amada como sendo uma figura idealizada, distante. O poeta fica na posição de fiel vassalo, fica as ordens de sua senhora, dama da corte, onde esse amor é considerado como um objeto de sonho, ou seja, impossível, que está longe. Esta cantiga teve origem no sul da França, apresentando um eu – lírico é masculino e também sofredor. Nas cantigas de amor o poeta chama sua amada de senhor, pois naquela época, todas as palavras que terminavam com “or”, em galego-português não tinham feminino, portanto ele dizia “minha senhor”, ele cantava a dor de amar, onde está sempre acometido da “coita”. Essa palavra (coita)é muito usada nessas cantigas, ela significa sofrimento por amor.

Vejamos um exemplo de cantiga de amor:

Texto I – Cantiga de amor


Essa cantiga de Afonso Fernandes mostra algumas características de incorrespondência amorosa.

“Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.”


Nessa 1ª estrofe o trovador expressa o que sente mais de uma maneira que expressa súplica, a mulher que ele conheceu está sendo idealizada em que ele se declara a ela, ele expõe os argumentos que justificam sua desgraça.

E hoje? Tem trovadorismo?
Olhem só essa letra de música...(Zuka - Minha dona)

Eu não sei seu nome, sua idade
Nem seu endereço pra falar a verdade
Já faz algum tempo te procuro
Em bares, festas e ate no google.
Esta faltando alguém no banco do carona
Pra eu beijar e chamar de minha dona

Já cansei de procurar
Eu só quero te encontrar
Não sei mais pra onde olhar

Tento te achar em meio aos lábios
Às vezes sinto que esta do meu lado
Estou cercado de pessoas
Mas todas elas me enjoam
Esta faltando alguém no banco do carona
Pra eu beijar e chamar de minha dona

Já não sei o que fazer mas sinto sua presença dentro do meu ser
Já não sei onde procurar dentro de cada olhar tento de encontrar
No ar, nos cheiros do bar, dos passam ao meu lado no cabelo aos lábios
Que me leva a um bom lugar dona bela dona do meu ser
Ganhou meu coração me faz enlouquecer
Versos que procuram algo dentro do universo pra trazer minha cura
Dessa falta de afeto pois algo tão bom não pode ficar só na saudade
Então escute baby e faça uma caridade preencha meu vazio trazendo a felicidade.


AULA 1° ano J (13/04)

Olá, meninos!! A aula hoje será via internet!! Como já tinha avisado a vocês, há uma ativiaade que deverá ser feita por TODOS, no caderno. PERGUNTAS E RESPOSTAS. A atividade contará como frequência. Coloquem NOME, DATA, TURMA E TURNO. Entreguem a atividade à líder de sala e ela entregará ao PCA. Além disso, ela ficará responsável pelo bom andamento da aula.

Tenham um boa dia e uma boa atividade!! (A gente se encontra na quinta-feira, aula de Literatura. LEVEM O LIVRO!!!)

O HOMEM TROCADO

O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.

- Tudo perfeito - diz a enfermeira, sorrindo.

- Eu estava com medo desta operação...

- Por quê? Não havia risco nenhum.

- Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos... E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhos redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou com sua verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não soubera explicar o nascimento de um bebê chinês.

- E o meu nome? Outro engano.

- Seu nome não é Lírio?

- Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e...

Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.

- Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês passado tive que pagar mais de R$ 3 mil.

- O senhor não faz chamadas interurbanas?

- Eu não tenho telefone!

Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram felizes.

- Por quê?

- Ela me enganava.

Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico dizer:

- O senhor está desenganado.

Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma simples apendicite.

- Se você diz que a operação foi bem...

A enfermeira parou de sorrir.

- Apendicite? - perguntou, hesitante.

- É. A operação era para tirar o apêndice.

- Não era para trocar de sexo?

LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO


QUESTÕES SOBRE O TEXTO

1. Em que local o personagem se encontra?

2. Qual o motivo de o personagem está com medo da operação?

3. Cite três enganos que ocorreram na vida do personagem.

4. Na frase “Se enganaram no cartório e...”, as reticências (três pontinhos no fim da frase!) servem para que?

5. Se a frase da questão anterior fosse completa, qual, provavelmente, seria o final?

6. Qual o motivo de ele está louco de alegria ao ouvir o médico dizer que ele estava desenganado?

7. Qual o motivo que fez a enfermeira parar de rir instantaneamente?

8. O que descobrimos ao final da história?

9. Cite 3 características que comprovem o texto como sendo narrativo.

10. Retire palavras do texto que tenham:

a) 3 dígrafos

b) 5 encontros consonantais

c) 5 ditongos decrescentes

11. A palavra “interurbanas” possui quantas letras? E quantos fonemas?

12. Na palavra da questão anterior, destaque o dígrafo e classifique-o.

13. Nas palavras abaixo, indique a quantidade de letras e fonemas.

a) enganos

b) Lauro

c) cifras

d) senhor

e) confundira

f) telefone

g) também

h) apêndice

i) nascimento

14. Separe as sílabas das palavras abaixo:

a) universidade

b) passado

c) berçário

d) enfermeira

e) nenhum

15. Na palavra SEXO, encontre o número de letras e fonemas. Explique a diferença entre a quantidade de letras e fonemas nessa palavra.

AULA 2° ano G (13/04)

Olá, meninos!! hoje, como já havia conversado com vocês, a aula será via Blog. Preparei uma atividade com textos, questões sobre o texto e gramática. Vocês farão a atividade no caderno, PERGUNTAS E RESPOSTAS (não precia copiar o texto, claro!! rsrsrs). A atividade valerá a frequência do dia. Entreguem-na ao líder de sala e ele se responsabiliza por entregar ao PCA que estiver no dia. Coloquem NOME COMPLETO, DATA, TURMA.

Boa leitura e boa atividade!!

A VELHA CONTRABANDISTA

Stanislaw Ponte Preta

Diz que era uma velha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega a mandou parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim para ela:

- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no dentista, e respondeu:

- É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou que a velhinha fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

- Olha vovozinha, eu sou fiscal da Alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não vou dar parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

- O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.

- Juro – respondeu o fiscal.

- É lambreta.

QUESTÕES SOBRE O TEXTO

1. Quais as características que fazem com que esse texto seja uma narrativa?

2. Qual o objetivo do narrador ao contar o fato para os leitores?

3. Quem são os personagens da história?

4. A expressão “tudo malandro velho” tem que significado, no texto?

5. Na expressão: “Com um bruto saco atrás da lambreta”, a palavra destacada significa:

a) estúpido b) grande c) mal educado

6. A palavra vovozinha pertence a que classe gramatical?

7. A palavra da questão anterior está flexionada em que grau? Analítico ou sintético?

8. A partir do texto, procure descobrir qual a função da Alfândega.

9. Como o fiscal reagiu ao saber que realmente só tinha areia no saco? Por qual motivo ele se sentiu assim?

10. O que é “muamba”? Por que esse tipo de carregamento não é permitido?

11. A expressão “uai!” indica que tipo de reação da velhinha:

a) preocupação

b) espanto

c) indignação

12. A frase “Manjo essa coisa de contrabando pra burro”, dita pelo fiscal, não está na linguagem formal, pois apresenta gírias. Reescreva a frase, transformado-a para o padrão culto da língua.

13. Como seria a escrita correta da palavra “espaia”? Por qual motivo a velhinha fala dessa forma?

14. Retira do texto o que se pede:

a) 2 SUBSTANTIVOS comuns.

b) 2 SUBSTANTIVOS derivados.

c) 1 SUBSTANTIVO próprio.

14. O final do texto é surpreendente? Por quê?
15. Se você fosse o fiscal, teria percebido qual o contrabando? De que forma?


Até logo!! Encontro vocês na sexta-feira. LEVEM O LIVRO!!